sexta-feira, 23 de outubro de 2015

63) Fervor, Zelo e Frieza Espiritual 64) Fidelidade

63) FERVOR, ZELO E FRIEZA ESPIRITUAL

ÍNDICE

1 - É o Zelo pelo Bem Louvado ou Perseguido?
2 - Zelo e Fervor
3 - Conforme as Tuas Forças
4 - Recomendações Práticas para o Zelo na Vida Cristã
5 - Aridez Espiritual
6 - TIBIEZA


1 - É o Zelo pelo Bem Louvado ou Perseguido?

Por John Piper

Meditação em 1 Pedro 3:13-16

(13) Quem é o que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?

Cristãos deveriam ser "zelosos do bem". Você pode fazer algo bom por alguém? Pode ajudá-los? Você pode mudar algo mal e torná-lo bom? Então faça isto. E faça isto com zêlo!

Se você será prejudicado? No final das contas, não. "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 6:31). "O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem." (Hebreus 13:6). "Não se vendem cinco passarinhos por dois ceitis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus. Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer... E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos."(Lucas 12:6,4,7).

(14a) Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados.

Sim, haverá oposição, mesmo que sejais zelosos pelo que é bom e reto. Mas nunca esqueça das bem-aventuranças: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:10).

(14b-15a) E não temais as suas ameaças, nem vos turbeis; antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor.

Você trata com respeito o que você teme. Então se acovardar em medo diante de homens é o oposto de se curvar em reverência diante do Senhor da glória.

(15b) Estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós.

Porque eles perguntariam sobre a esperança? Porque a ânsia por felicidade no coração humano é tão forte que a única explicação para nossa disposição de sofrer por amor a justiça deve ser alguma esperança do outro lado. Isto é exatamente o que Jesus disse: "Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus" (Mateus 5:12). A esperança sustenta o zelo pelo bem durante a perseguição. Pessoas sabem disso intuitivamente.

(16) Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.

Existe um atraso entre a boa obra e o reconhecimento da obra como boa pelos nossos oponentes. Primeiro eles "insultam" a nossa obra. Algum tempo depois eles são "envergonhados". Quanto tempo depois? Talvez não até o julgamento algumas pessoas verão as coisas como elas realmente são. Mas para alguns talvez mais cedo.

"Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem." (1 Pedro 2:12) Assim, por um tempo eles nos caluniarão como malfeitores. Mas depois glorificarão a Deus pelas mesmas boas obras que eles, um dia, insultaram.

O que faz a diferença? Uma consciência limpa e uma resposta gentil e reverente.

Você tem zelo por alguma causa? Por qual coisa boa você tem sido mal falado? Ou a sua rotina é tão inofensiva neste mundo que vai bem com o jeito que as coisas andam?

Orando por mais zelo pelo que é bom,

Pastor John






2 - Zelo e Fervor

Lamentavelmente, já ouvi muitas vezes o texto de Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente, e maldito aquele que vedar do sangue a sua espada!”, ser utilizado para exortar os crentes a serem zelosos e fervorosos na obra do Senhor para que não ficassem sujeitos, em caso contrário, à maldição contida no citado texto.
O capítulo de Jeremias no qual este versículo se encontra inserido é o quadragésimo oitavo, e neste temos uma profecia dirigida contra Moabe.
As profecias de Is 15 e 16, e de Amós 2, contra Moabe, se cumpriram nos dias dos assírios, sob o rei Salmanasar, que havia invadido Moabe muito antes dos dias de Jeremias.
Mas, as profecias aqui descritas contra todas as cidades de Moabe, e a sentença do Senhor de que deixaria de ser nação, foram cumpridas por Nabucodonosor de Babilônia, cerca de 5 anos depois da destruição de Judá.
É importante lembrar que os moabitas, juntamente com os amonitas haviam se juntado a Babilônia para a ajudarem no cerco de Jerusalém, porque era historicamente, grande o ódio que estas duas nações tinham contra os israelitas, desde os dias de Moisés.
Então é profetizado aqui, o dia de ajuste de contas, especialmente pelo modo como desprezavam a Israel, sendo os moabitas e amonitas, descendentes de Ló, o sobrinho de Abraão, o que servia somente para agravar ainda mais o juízo deles.
O versículo décimo de Jeremias 48 tem sido muito mal empregado na Igreja, onde se afirma que qualquer pessoa que fizer a obra do Senhor negligentemente é maldita, como forma de ameaça e incentivo a levar os crentes a trabalharem com perfeição na obra de Deus, o que de fato deve ser buscado, mas nunca, jamais, debaixo de tal ameaça de maldição, porque a citação deste versículo pode ser entendida no contexto imediato e seguinte do próprio versículo, no qual se afirma a quem se aplicaria a maldição proferida pelo profeta: “aquele que vedar do sangue a sua espada!”, ou seja, todo babilônio que estava sendo levantado por Deus para uma destruição em todas as cidades de Moabe pela espada. Então, o soldado de Babilônia que embainhasse a sua espada e não a sujasse com o sangue dos moabitas, seria considerado maldito.
Além disso, deve ser considerado que nenhum crente genuíno está debaixo de qualquer condenação ou maldição de Deus, uma vez que fora resgatado das mesmas por Jesus Cristo, de uma vez para sempre. Então devemos focar em que consiste o tipo de zelo e fervor que são exigidos dos crentes na Palavra de Deus.
Falando dos judeus, Paulo afirma que eles têm zelo de Deus, mas sem entendimento. Devemos, mesmo como crentes, evitar esta mesma deficiência, pois é possível ter um espirito fervoroso e muito zelo na obra do Senhor, e no entanto, não ter discernimento ou um conhecimento adequado do evangelho e da vontade de Deus.
Isto é muito comum de se ver em nossa vida quando somos novos convertidos, mas importa fazermos progresso à medida que amadurecemos na fé, equilibrando o zelo com o entendimento.
Devemos também ter o cuidado, porque é muito comum ocorrer que ao se ganhar um melhor entendimento, se perca muito do zelo e do fervor que tínhamos no começo.
O próprio apóstolo Paulo diz que estava cheio de um zelo errado antes da sua conversão, quando pensando estar servindo a Deus, era perseguidor do evangelho, e fizera isto por ignorância da verdade.
Os próprios crentes estão sujeitos a isto, por conta de uma ignorância dos princípios fundamentais da Palavra de Deus, que podem ser rejeitados e até atacados em razão da citada ignorância, e do seu muito zelo em querer fazer a obra, só que de maneira inconveniente e errada.

1 – zelos (grego) – zelo

João 2.17 Lembraram-se então os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará.
Romanos 10.2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento.
II Corintios 7.7 e não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado a vosso respeito, enquanto nos referia as vossas saudações, o vosso pranto, o vosso zelo por mim, de modo que ainda mais me regozijei.
II Corintios 7.11 Pois vede quanto cuidado não produziu em vós isto mesmo, o serdes contristados segundo Deus! sim, que defesa própria, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo provastes estar inocentes nesse negócio.
II Corintios 9.2 porque bem sei a vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os macedônios, dizendo que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muitos.
II Corintios 11.2 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; pois vos desposei com um só Esposo, Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura.
Filipenses 3.6 quanto ao zelo, persegui a igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível.
Filipenses 3.6 quanto ao zelo, persegui a igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível.
Colossenses 4.13 Pois dou-lhe testemunho de que tem grande zelo por vós, como também pelos que estão em Laodiceia, e pelos que estão em Hierápolis.

2 – zeloo (grego) – zeloso

I Corintios12.31 Mas procurai com zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente.
I Corintios 14.1 Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
I Corintios14.39 Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas.
II Corintios 11.2 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; pois vos desposei com um só Esposo, Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura.
Gálatas 4.17 Eles vos procuram zelosamente não com bons motivos, mas querem vos excluir, para que zelosamente os procureis a eles.
Gálatas 4.18 No que é bom, é bom serdes sempre zelosos, e não só quando estou presente convosco.
Apocalipse 3.19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te.

3 – zeo (grego) – fervoroso

Atos 18.25 Era ele instruído no caminho do Senhor e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão as coisas concernentes a Jesus, conhecendo entretanto somente o batismo de João.
Romanos 12.11 não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;







3 - Conforme as Tuas Forças

Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças. - Eclesiastes 9:10

“Tudo quanto te vier à mão para fazer" se refere às coisas possíveis de serem feitas. Há muitas coisas que nosso coração decide fazer, mas que jamais faremos. É bom que esteja em nosso coração; mas, se quisermos ser realmente úteis, não devemos nos contentar só com o planejamento do coração e a discussão dos planos; devemos realizar praticamente "tudo quanto vier às nossas mãos."
Uma boa obra tem muito mais valor do que mil teorias brilhantes. Não esperemos por grandes oportunidades, ou por um tipo diferente de trabalho, mas façamos justamente as coisas que "vêm às nossas mãos" no nosso dia a dia.
Vivemos no presente momento, não temos outro tempo. O passado já se foi; o futuro ainda não chegou; jamais teremos outro tempo, exceto o presente. Portanto, não espere até chegar à maturidade para tentar servir a Deus.
Esforce-se agora para produzir frutos. Sirva a Deus já, mas tome cuidado com a maneira como vai fazer aquilo que encontrar: "faça-o conforme as suas forças". Faça-o prontamente, não desperdice a vida pensando no que pretende fazer amanhã, como se isso pudesse recompensar a indolência de hoje.
Ninguém jamais serviu a Deus fazendo as coisas no dia seguinte. Se honramos a Cristo e somos abençoados, é pelas coisas que fazemos hoje. Faça o que fizer por Cristo, coloque nisso toda a sua alma. Não dê a Cristo um trabalhinho desleixado, feito de qualquer maneira; mas quando servi-Lo, faça-o com o coração, com a alma, e com força.
Mas onde está a força do cristão? Ela não está nele mesmo, pois ele é pura fraqueza. Sua força repousa no Senhor dos Exércitos. Busquemos, pois, o Seu auxílio; prossigamos com oração e fé e, quando tivermos feito tudo quanto "veio às nossas mãos", esperemos no Senhor pela Sua bênção. O que fizermos, então, será bem feito, e não será em vão.

Charles Haddon Spurgeon








4 - Recomendações Práticas para o Zelo na Vida Cristã

É o Espírito Santo quem nos purifica de toda impureza, mas precisamos ser diligentes na busca do cumprimento das ordenanças da Palavra de Deus, para que o Espírito possa efetuar tal purificação em nós pela Palavra.
Deste modo, o cristão deve se despojar do seu procedimento anterior, do velho homem, o qual se corrompe pelos desejos do engano e que não pode se firmar na verdade.
Paralelamente a isto deve haver uma renovação progressiva do espírito, a qual começa pela renovação da mente, fazendo com que ela esteja a serviço de Deus e não do velho homem.
O cristão deve se empenhar em estar habitado ricamente pela Palavra de Deus, em pensamentos espirituais, celestiais e divinos, e que se concentram portanto em tudo o que  é, verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, e que seja de boa fama, e que tenha alguma virtude ou louvor, como lemos em Fp 4.8.
Até mesmo toda forma de ira justificada, a saber, que  seja em relação ao pecado, deve ser também deixada, de maneira que não pequemos por causa de um mau temperamento, e permitamos que esta ira se transforme em mágoa ou ressentimento.
Não devemos nos deixar dominar pela ira, e devemos nos livrar dela, como afirma a Palavra - "antes que o sol se ponha", de maneira que retornemos à paz de espírito e calma de mente, que devem ser achadas permanentemente no nosso viver (Ef 4.26).
Buscando no Senhor um coração longânimo e perdoador, e não vivendo na prática da impureza, e renovando a nossa mente segundo aquilo que procede de Deus, não daremos oportunidade ao diabo de levar vantagem sobre nós roubando a nossa boa firmeza em Cristo.
Os cristãos não devem praticar qualquer forma de furto, mas devem trabalhar naquilo que é bom para que tenham sustento e o que repartir com os necessitados.
Não devem falar senão aquilo que seja bom e necessário para a edificação pessoal e mútua, ministrando graça aos que os ouvem. Para isto nunca deverão falar palavras torpes e vãs (Ef 4.29), e os que são dados a este tipo de prática devem pedir a Deus que limpe as suas mentes, para que suas línguas não sejam usadas como instrumento de maledicência e torpeza.
A desconsideração destas recomendações, e a falta de empenho na prática de um viver segundo a verdade revelada nas Escrituras, entristece o Espírito Santo, com o qual fomos selados para o dia da nossa redenção, quando da volta do Senhor.
De maneira que este ato de entristecer o Espírito apaga o fogo do Espírito que é sumamente necessário para que possamos viver tudo o que nos foi ordenado por Deus.
Por isso, toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia, bem como toda forma de malícia,  devem ser definitivamente arrancadas do viver do cristão (Ef 4.31).
Em vez destas coisas que Deus abomina, nós devemos ser bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-nos uns aos outros, como também Deus nos perdoou em Cristo.
A medida de fé é diferente de cristão para cristão.
A medida de graça é recebida por cada um deles conforme o dom de Cristo.
Mas a medida de pureza deve ser a mesma, independente da sua estatura espiritual.
Tanto o copo pequeno quanto o copo grande devem estar inteiramente limpos pelo Espírito, mediante o sangue de Cristo, para o uso de Deus.
Os cristãos devem ser amáveis mutuamente, e não poderão portanto viver isto caso se deixem vencer por um espírito de amargura, orgulho, impureza, gritarias, iras, mentiras e tudo o mais que é incompatível com o Espírito de Cristo.






5 - Aridez Espiritual

Nós frequentemente encontramos aqueles que se queixam de secura e amortecimento em sua adoração. Eles são muito diferentes do retrato que o salmista apresenta do "homem bem-aventurado". Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no devido tempo; cujas folhas não murcham. Este é um verdadeiro retrato da vida cristã. A alma deve ser como um jardim regado - fresco e verdejante. Deve ser uma primavera. Você já viu um jardim na primavera ou um que é bem regado. Tudo é beleza, frescor e vigor. Tal jardim é usado pelo profeta para simbolizar a alma cheia do Espírito. Ele diz: " O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam.”, Isaías 58.11.
 Porém, para terem uma experiência tão feliz, os filhos de Deus devem cumprir certas condições. O contexto diz: "Se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita." Se nossas almas não são inclinadas a se compadecer do faminto e deixamos de fazer o que pudermos para aliviá-lo, não precisamos esperar outra coisa senão uma seca espiritual em nossos próprio caso.
A secura espiritual é, por vezes, o resultado do apego ao mundo. "Coloque suas afeições nas coisas do alto, e não nas que são da terra." A menos que nós vivamos pela Bíblia, não podemos ser espirituais. Um pouco de afeto fixado nas coisas da terra rouba da alma a vida espiritual. Nesta matéria Satanás é um excelente argumentador. Ele vai sugerir que os seus desejos sejam apenas para a glória de Deus; que você não tenha afeição por objetos mundanos para a sua própria satisfação e glória, senão somente para a glória de Deus. Uma jovem senhora a quem eu havia aconselhado me disse que os seus desejos eram puros e que ela não tinha afeição às coisas do mundo, senão somente pelo motivo de  agradar ao Senhor. Muito em breve, no entanto, ela chegou à conclusão de que a sua alma era um lugar deserto, e tudo porque ela acreditou na mentira de Satanás. Cuidado como você deseja as coisas terrenas para a glória de Deus. Debaixo pode existir um desejo de auto-satisfação, facilidade, ou de luxúria. Se você está preocupado com a falta de devoção sensível na adoração, examine suas afeições. Possivelmente você pode encontrar algumas pequenas raízes de entrelaçamento em torno de algo deste mundo. (É comum vermos cristãos afirmando que aprenderam a fazer tudo para a glória de Deus, inclusive quando estão ocupados com vícios e desejos que lhes tornam impuros ou sem tempo para se dedicarem a Deus. A aridez espiritual de suas vidas demonstra o quanto estão enganados na sua forma de pensar e agir. Nota do tradutor).
A aridez espiritual pode ser também o resultado de preguiça. " A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome.”, Prov 19.15. A ociosidade espiritual logo resulta em secura espiritual. Esse sofisma de Satanás, "Não há tempo para a oração," é muito perigoso. Qualquer negligência de devoção espiritual deve resultar em mornidão. Oh, quão irracional é o homem, e quão facilmente os desejos da carne enganam! Se você esqueceu de regar o seu jardim, você não iria pensar por um momento porque ele foi secando. Então, quando você está negligenciando a rega da sua alma com exercícios vigorosos, espirituais, por que você ficará surpreso em estar tão seco espiritualmente? "Desperta, tu que dormes!" Levante-se e caminhe para o monte do Senhor. Tenha o testemunho frequente de uma cena do nascer do sol do monte da oração.
Se o seu fruto espiritual não é tão bonito, aromatizado e totalmente desenvolvido como deveria ser, olhe para a presença de preguiça na alma. O veneno da preguiça vai entrar na alma pouco a pouco. Em primeiro lugar, haverá um atraso momentâneo quanto aos deveres espirituais (oração, meditação da Palavra, comunhão com os santos etc). Satanás é astuto demais para sugerir um abandono completo deles, mas ele vai sugerir um pouco de adiamento. Um atraso logo será seguido por um outro e em seguida por outro. Estes atrasos são um opiáceo que embota os sentidos espirituais e, assim, eles vão ceder mais facilmente a estes adiamentos e, finalmente, encontrar prazer neles.
Quando a alma é como um jardim regado, ela será atraída para Deus em oração logo no início da manhã. Qualquer atraso vai causar mal-estar e inquietação.
A alma procura se afastar da presença de Deus. Mas um pouco de atraso após o outro traz uma condição mórbida. A alma perde seu gosto aguçado, seus sentidos tornam-se amortecidos, de modo que não há nenhum mal-estar, enquanto os sentidos do ego encontram prazer na preguiça.
Quando a alma tem adquirido o hábito da ociosidade, não experimenta qualquer dificuldade em fugir da presença de Deus. Ao se tornar consciente do seu estado, a pessoa pode reconhecer a sua inatividade e resolve fazer uma meia reforma para ser mais sincero e diligente, só que muito em breve recai na mesma sequidão. Este vírus da preguiça inocula todo o ser espiritual, envenenando a vontade e tornando a atividade espiritual mais desagradável. Não somente destrói a vontade da alma, mas venda os olhos de modo que o indivíduo não possa ver qualquer necessidade de grande fervor de espírito ou de diligência no exercício espiritual. De uma maneira meio atordoada, ele reconhece que as "vigílias muitas vezes" e "jejuns muitas vezes" e "orar sempre" do apóstolo Paulo foram muito consistentes para o apóstolo, mas não sente que isso seja necessário em sua própria profissão de fé cristã. Ele se pergunta por que ele não está curado como as pessoas foram nos dias de Paulo. Por que se surpreende com isto? Ele não se pergunta por que as flores murcham quando não chove. É a oração fervorosa, sincera que Deus ouve.
Nada, senão uma maior diligência e determinação e fortaleza, em Deus, é o que sempre colocará a preguiça espiritual à morte.
Uma razão pela qual muitos são preguiçosos é que eles não percebem o verdadeiro valor da oração. Oh, eu peço a Deus que os homens deem o justo valor à comunhão com ele ou alguns pensamentos sobre ele! A elevação do coração a Deus em louvor e adoração é de maior valor do que a riqueza dos mundos. Não é o suficiente saber muito sobre a doutrina da Bíblia, para se familiarizar com esta presente reforma, e viver uma vida exterior justa; devemos ser cheios do Espírito Santo. Devemos ser como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, cuja folhagem não murcha. Leva bastante tempo para ganhar o céu. Tire um tempo para ser espiritual. Vale a pena trabalhar por uma casa no céu. Desenvolva a sua salvação com temor e tremor. Aridez espiritual é o resultado de indolência espiritual. Seja ativo, e você não será infrutífero.

Tradução e adaptação feitas pelo Pr Silvio Dutra, de um texto de James Orr, em domínio publico.







6 - TIBIEZA

Uma vida morna é um desprazer para a Deus; ele deseja que sejamos fervorosos no espírito. Deus está satisfeito conosco quando somos pedras vivas, mas não quando somos formais e mornos. Um estado de mornidão é um estado perigoso. Uma coisa muito perigosa sobre isso é que, geralmente, quando uma pessoa está morna, ela não sabe que é morna. Se um homem está doente e não sabe que é doente, ele está em grande perigo de vida, porque não é de todo provável que ele tome o devido cuidado de si mesmo. Então, quanto ao homem que é frio e formal, mas acha que é espiritual e cheio de amor não é de se esperar que faça alguma coisa para a melhoria de sua condição espiritual.
Eles estão espiritualmente mortos, mas não estão conscientes disso. Os cristãos de Laodiceia eram mornos, mas se achavam ricos e abastados, e que não tinham qualquer necessidade.
Agora vou lhe dizer alguns sintomas da tibieza; assim você poderá saber se é este o seu estado.
Primeiro. Um tipo de sentimento duvidoso ou incerto se você está bem com Deus, juntamente com uma falta de vontade de se examinar interiormente por medo do que você está desejando. Ser cheio do Espírito Santo nos dá a plenitude de certeza.
Segundo. Se quando você testemunha ser salvo, santificado e preparado para a vinda de Jesus, o seu coração não consegue dizer amém e deseja em sua alma que tivesse um pouco mais de certeza do que aquilo que os seus lábios dizem ser verdade; você não é tão espiritual quanto deve ser. Quando estamos cheios do Espírito, nossas almas estão seguras e satisfeitas.
Em terceiro lugar. Caminhando dia após dia na mesma rotina de vida, tendo como certo que você está no trabalho que o Senhor quer que você faça, e não buscando sinceramente conhecer a sua vontade. Aqueles que são espirituais não podem ficar satisfeitos sem um conhecimento definitivo da vontade de Deus. Se você estiver indo bem sem qualquer conhecimento real e positivo da vontade de Deus e não procura conhecê-la, com certeza você está morno.
Quarto. Se quando sua rotina de vida é de alguma forma interrompida, você fica insatisfeito e murmura, se você não gosta de ser movido do seu velho modo de vida, mas você deseja ser deixado em paz, é evidente que você escolheu seu próprio caminho e que Deus não está dirigindo seus passos.
Quinto. Se quando você é chamado para ajudar a um vizinho ou um doente ou até mesmo um inimigo, você encontra uma relutância para ir e muitas vezes há um retorno de sua mente para seus próprios interesses, você está, pelo que parece, olhando somente os seus próprios interesses, e não os de  outros. A Bíblia nos diz para atendermos às necessidade de outras pessoas. Se você não age assim, é porque você é egoísta. Aqueles que são espirituais têm tempo para ajudar os outros e o fazem de bom grado.
Sexto. Se lhe fosse perguntado se você está fazendo o trabalho que você está fazendo agora, apenas para a glória de Deus, e você se vê obrigado a responder que não teve qualquer pensamento em particular sobre isso, mas supôs que isto pouco importava para o Senhor, isso certamente mostra descaso, indiferença, mornidão.
Sétimo. Se você é indiferente e alheio a fazer progresso espiritual, se  não está desejando e sinceramente buscando mais de Deus, se não está se esforçando para ser mais manso e humilde, para ser mais gentil e paciente, se é descuidado para tolerar atos de egoísmo, de impaciência, crueldade e aspereza, certamente você está morno.
Oitavo. Deixar de ler a Bíblia e orar em secreto, tendo maior fervor na oração pública do que na oração secreta; manifestando mais exterior do que internamente, a piedade real; testemunhando ou pregando além do verdadeiro padrão de vida, estas também são evidências de tibieza. Um homem pode se tornar entusiasmado em oração, testemunho, ou sermão, e pensar que ele está fazendo um grande avanço, mas se ele não fizer jus a cada palavra que ele fala, ele está perdendo em vez de estar ganhando, porque não está andando na luz.
A tibieza é muito repugnante para Deus. Ele a reprova. Não fazer qualquer profissão de amor a Deus, não é tão vergonhoso para ele como professar amá-lo e ser morno. Deus quer todo o seu coração. Se ele não puder ter todo, ele não terá nenhum. Ele deseja fervor, ardente amor. Amá-lo apenas parcialmente, e não completamente, faz parecer como se ele fosse digno apenas de um amor indiferente. Isto nivela todas as demais coisas a Deus.
Depois que o médico identifica os sintomas e pronuncia a doença, então ele prescreve o remédio. Graças a Deus, há um remédio infalível para a tibieza. De fato, uma grama de prevenção vale um quilo de cura. Arrependam-se, e pratiquem as primeiras obras. Venha a Deus e compre dele o ouro refinado no fogo. Exercite-se nas coisas espirituais se ainda houver amor em seu coração. Lance fora tudo o que estiver lhe desorientando. Force o seu caminhar através de Deus, apesar da sequidão e mornidão. Mova a sua alma. Dê a si mesmo a profunda meditação sobre o grande amor de Deus por você. Ore com fervor e fé. Consagre-se a toda a vontade de Deus. Se o seu caso não é sem esperança – e certamente não é - isso vai efetuar a cura.

Tradução e adaptação feitas pelo Pr Silvio Dutra, de um texto de James Orr, em domínio público.
















64) FIDELIDADE


ÍNDICE

1 - Um Viver Fiel
2 - Fiel é o Que Prometeu


1 - Um Viver Fiel

Jamais poderemos ter a paz de Deus em nossas vidas e lares, se somos dados à prática de gritarias, provocações, irritações, permitindo que nossos corações sejam facilmente dominados pela ira e pela mágoa, sem que nos disponhamos à prática do perdão. E o único modo de se manter tal paz, é pela santificação, que consiste basicamente num caminhar contínuo no Espírito Santo, por uma real comunhão com Cristo.
Por isso se afirma no verso 14 de Colossenses 3 que o juiz do estado real em que se encontra o nosso coração é a paz de Cristo, ou seja, poderemos saber se nossas ações, reações e decisões têm sido corretas e aceitáveis a Deus, caso sejam feitas e tomadas quando a paz de nosso Senhor está reinando nos nossos corações.
É por isso que decisões tomadas debaixo de iras e aborrecimentos injustificados não podem contar com a aprovação de Deus, e na verdade, não permitirão que permaneçamos em comunhão com Ele, porque nos está ordenado o amor, a paciência e a paz.
Devemos vigiar portanto com todo o nosso empenho, porque o diabo procurará incansavelmente nos tirar da nossa posição de amor, paz e perdão, principalmente por nos provocar especialmente através das pessoas que fazem parte da nossa convivência diária.
Basta que alguém não esteja vigiando e se santificando, para se tornar um instrumento nas mãos do diabo para afastar o cristão santificado da presença de Deus, e roubar-lhe por conseguinte a sua paz.
E é tão vital para nós preservarmos a paz de Deus no nosso coração, que é melhor sofrermos e suportarmos danos, abrindo mão de nossos direitos em determinadas ocasiões, quando a reclamação deles nos conduzirá inevitavelmente à perda da referida paz.
Por isso a Bíblia ordena aos cristãos o dever de não conduzirem a litígio público, irmãos em Cristo, na presença dos juízes de tribunais terrenos, onde o julgamento não será realizado segundo as leis de Deus, mas segundo as leis dos homens, conforme lemos em I Cor 6.1-8:
“1 Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos?
2  Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas?
3 Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!
4 Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja.
5 Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade?
6  Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos!
7 O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?
8  Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos!” (I Cor 6.1-8)

Como a vida cristã nos impõe renúncias como esta citada, dentro do mandamento geral de nosso Senhor em Lc 14.33: “Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo”, necessitamos então nos santificarmos diariamente, e caminharmos segundo tal santificação para que possamos fazer tais renúncias com alegria e paz em nossos corações.
E é importante sabermos que a santificação é operada pela Palavra de Deus aplicada em nós pelo Espírito Santo, e é tanto santificação do espírito, quanto da alma, incluída aí a razão, a mente, a vontade, os sentimentos e as emoções, como também é santificação do corpo, como lemos em I Tes 5.23.
E a meta desta santificação é a de nos transformar à imagem mesma moral de Cristo, como se vê nos versos 8 a 10 do terceiro capítulo da epístola aos Colossenses.
No privilégio e dever da santificação não há  grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou livre, porque Cristo é tudo em todos, uma vez que não há para aqueles que estão nEle qualquer diferença diante de Deus.
Deus santificará pelo Espírito Santo, do mesmo modo, tanto a ricos quanto a pobres, pessoas de qualquer nacionalidade ou condição, desde que elas estejam convertidas e unidas a Cristo.
Esta santificação não consiste somente no despojamento ou mortificação do pecado, das obras da carne relacionadas aqui por Paulo dentre tantas outras, mas principalmente na prática das virtudes que estão em Cristo.
Por isso, a vida cristã não é algo fácil, porque somente pode ser manifestada em nós pela difícil e dolorosa crucificação do nosso ego carnal, coisa que muitos poucos estão dispostos a fazer, porque nos chama a tratar honesta e sinceramente com aquilo que somos de fato, e isto é algo humilhante para o nosso orgulho natural pecaminoso, e depois disso, demanda que sejamos de fato transformados à imagem e semelhança de Cristo.


Daí o Espírito Santo ter afirmado pela boca do apóstolo Paulo que os últimos dias seriam tempos difíceis, não propriamente pelas dificuldades que os cristãos encontrariam no mundo, mas porque haveria uma tendência muito forte na maioria dos cristãos a rejeitarem o modo de se viver em Cristo, pela falta de obediência à sã doutrina bíblica (II Tim 4.1-4), em troca de um viver segundo o mundo e inclinações da sociedade corrompida e sensual dos últimos dias, conforme as características que predominariam nas pessoas em geral, conforme descritas em II Tim 3.1-5.







2 - Fiel é o Que Prometeu

Deus afirma através do profeta Ezequiel que Ele não tem prazer na morte do ímpio, antes que ele se converta e viva (Ez 18.23; 33.11).
Isto é reafirmado pelo apóstolo Paulo quando diz em I Tim 2.4 que Deus “quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.”.
O Seu desejo portanto é salvar, e não condenar.
Depois dos juízos trazidos por Ele na dispensação do Velho Testamento, para o nosso ensino que o pecado mata e destrói, Ele instituiu uma nova dispensação conforme havia planejado em Seu conselho eterno, a do evangelho, que já vigora por cerca de dois mil anos, através da qual tem demonstrado este desejo de salvar e de não condenar, através da grande longanimidade que tem demonstrado para com todas as pessoas, em todas as nações.
Os dias do evangelho, a dispensação da graça, são o tempo do reino da paciência ou perseverança (hipomoné) em Jesus Cristo (Apo 1.9; 3.10; 13.10).
Porque este momento não é apenas o tempo do reinado do Senhor como também o tempo da paciência dEle. Deus está sendo paciente e longânimo para com todos os pecadores na presente dispensação da graça, e os Seus filhos devem seguir os Seus passos.
Por isso, quantas vezes Igreja de Cristo parecia definhar no mundo ao longo da sua história de dois milênios, entretanto ela prosseguirá adiante porque as portas do inferno não  poderão prevalecer contra ela, porque Deus fez promessas relativas aos cristãos desde Abraão, e elas serão cabalmente cumpridas, a par de toda forma de oposição e dificuldades, e isto deve servir para animar a fé dos cristãos a perseverarem e nunca desfalecerem.
Nenhuma promessa de Deus falhará, e não deixará de ter o devido efeito.
E para mostrar a imutabilidade da promessa e de que não a revogaria de modo algum, e isto se aplica especialmente à adoção dos eleitos como Seus filhos, pois prometeu a Abraão que no Seu descendente que é Cristo, seriam benditas todas as nações da terra, isto é, todos estes que estão em Cristo são abençoados, porque são resgatados da maldição para serem adotados na família de Deus como Seus filhos, e a promessa foi feita com a interposição de um juramento divino, tendo Deus jurado por Si mesmo, mostrando que jurou no grau mais elevado que existe, porque não há nada mais elevado do que Ele próprio.
Então o sentido aqui é que Ele deixaria de ser Deus (caso isto fosse possível) se deixasse de cumprir o que prometeu a Abraão em relação à descendência que formaria a partir dele, tanto a natural (a nação israelita contada na descendência de Jacó, neto de Abraão) quanto a espiritual (os que são justificados e regenerados por causa da fé em Cristo) - Gên 22.15-18.
E se Deus fez a promessa isto não é para ser discutido, mas recebido pela fé. Se entre os homens o juramento põe fim à discussão sobre qualquer demanda, muito mais temos razão para entender que o juramento que Deus fez quando fez a promessa a Abraão, põe um ponto final logo de início em toda a discussão possível se a salvação é pela graça ou pelas obras, porque se é pela promessa, é evidente que é por pura graça.
E também que é segura, porque Deus jurou que a daria eternamente aos que estivessem ligados pela fé a Cristo. O próprio Deus então é quem assegura esta salvação e não os nossos méritos e capacidade (Rom 9.8; Gál 3.18).
Se Deus jurou fazer é porque Ele de fato não voltará atrás no propósito sobre o qual jurou, em nenhum tempo. Então não serão as perplexidades, as fraquezas, as tristezas, os sofrimentos e tudo o mais que os cristãos possam sofrer em sua caminhada terrena, que poderá lhes tirar esta salvação que foi prometida por juramento e que eles alcançaram pela fé em Jesus. É a isto que o apóstolo Paulo se refere no hino triunfal que ele apresenta na parte final do oitavo capítulo de Romanos, quanto a que nada poderá nos separar do amor de Deus que está em nosso Senhor Jesus Cristo. 






Nenhum comentário:

Postar um comentário